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  • Foto do escritorHono Gestão

A boa comunicação potencializa o alcance dos resultados nas organizações


 

Desde que iniciei minha carreira auxiliando empresas a aprimorarem seus sistemas de gestão, há 18 anos, percebo que uma boa comunicação é fator determinante para o sucesso de qualquer iniciativa. Observava que profissionais que reuniam conhecimento técnico apurado com uma comunicação eficiente, normalmente se destacavam sobre os demais. Em virtude da importância deste tema para a gestão das organizações, neste artigo quero destacar o poder da boa comunicação.


A comunicação é uma atividade vital para a sobrevivência de todas as espécies. Em diversos momentos de suas existências, os animais precisam, de alguma forma, se comunicar para alcançar determinados objetivos. No caso dos seres humanos, há o diferencial fundamental do uso da linguagem verbal na comunicação. Conseguimos expressar nossos desejos e ideias por meio da fala, capacidade que vamos aprimorando desde a infância. As pessoas não desenvolvem de forma homogênea esta capacidade, além do que alguns indivíduos têm uma facilidade natural na utilização da comunicação. Essa diferença de desempenho no exercício da comunicação acaba impactando fortemente o alcance dos resultados desejados.


O Fórum Econômico Mundial, periodicamente, divulga seu relatório sobre o futuro do trabalho no mundo, onde lista as principais habilidades exigidas no nosso século. Diversas destas habilidades requerem uma capacidade de comunicação bem desenvolvida, por exemplo a habilidade de persuasão e negociação. Falando desta habilidade em específico, ela é essencial dentro das organizações, pois empresas são sistemas, ou seja, são constituídas de partes interdependentes, que precisam umas das outras para que os resultados globais sejam alcançados. Portanto, já pode-se constatar que é uma atividade rotineira das lideranças empresariais a negociação de estratégias cuja abrangência ultrapassa o limite de suas respectivas áreas. Muitas vezes, por exemplo, o diretor comercial precisa negociar ações junto ao diretor financeiro para que seus resultados de vendas possam acontecer, assim como o diretor financeiro precisa interagir com o diretor de RH para discutir eventuais ajustes em políticas de remuneração. O fato é que é impossível alcançar resultados expressivos atuando de maneira isolada.


Devido a todo esse contexto, não é difícil constatar que, quem consegue transmitir suas ideias de maneira mais efetiva, leva vantagem no ambiente empresarial. Na verdade, comunicar-se bem é uma competência que facilita a vida em todos os aspectos, não só dentro das organizações. Mas voltando nossas atenções para o mundo corporativo, não há dúvidas de que atingir metas se torna um desafio mais fácil para quem exerce com excelência a habilidade da comunicação.


Há alguns anos, o cinema americano retratou de forma muito competente a transformação que a comunicação gera na vida de uma pessoa, pouco importando o contexto em que ela está inserida. No filme “O Discurso do Rei”, é contada a história do Príncipe Albert da Inglaterra, que mais tarde viria a ser o Rei George VI, e que desde a sua infância conviveu com problemas de fala que limitavam bastante o seu poder de comunicação. Para assumir o seu posto como rei, é fascinante a jornada de evolução na qual o Príncipe Albert precisa se dedicar. Sem dúvida, é um dos mais emblemáticos exemplos de resultados alcançados por meio do desenvolvimento da comunicação. Mais recentemente, o filme “Oppenheimer” retratou a história do físico J. Robert Oppenheimer, quando liderou um dos mais importantes projetos já conduzidos pelo governo dos EUA. Não há dúvidas de que, no time liderado por Oppenheimer, havia cientistas muito mais talentosos. No entanto, em sua grande maioria, tinham personalidades introspectivas, limitando sua abrangência de atuação, cabendo, portanto, a Oppenheimer, que conseguia transmitir suas ideias de forma clara entre todo o grupo, a liderança do projeto. São dois exemplos com contextos completamente diferentes, mas que no final das contas possuem a mesma lógica: a capacidade de transmitir ideias, de se conectar com as pessoas, para alcance de um objetivo maior.


Por fim, para quem quer desenvolver sua capacidade de comunicação, deixo aqui sugestão de trilha de desenvolvimento a seguir, baseada em dois pilares:


  • Oratória: eu diria que é o “hardware” da comunicação, envolvendo pontos como dicção, cadência da fala, expressões corporais, entre outros aspectos. Em resumo, é tudo aquilo diretamente percebido pela visão ou audição dos interlocutores;


  • Lógica: é o “software” da comunicação. Envolve a capacidade de conectar as ideias a serem transmitidas, de gerar uma linha de raciocínio didático, de forma a gerar o máximo interesse do público-alvo.

O aperfeiçoamento destes dois pilares da comunicação, por meio de profissionais especialistas no tema, com toda certeza, leva ao alcance de resultados em patamares extraordinários. E que todos possamos nos comunicar cada vez melhor!

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