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A força do Método


 

Nos últimos anos, o Brasil tem ocupados os últimos lugares no PISA – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (tradução de Programme for International Student Assessment). O PISA é uma avaliação internacional realizada a cada três anos pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, e mede o desempenho de estudantes na faixa dos 15 anos de idade em três áreas do conhecimento: leitura, matemática e ciências. Na avaliação realizada em 2018, por exemplo, o Brasil ocupou o 57º lugar em leitura, entre 77 países, a 70ª posição em matemática e a 64ª em ciências. Ao todo, mais de 40% dos brasileiros ficaram abaixo do nível considerado mínimo pela avaliação.


Em paralelo, o último Relatório Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial, apontou as habilidades essenciais para o trabalho no futuro e, no topo da lista, estão o pensamento analítico e a inovação. E são justamente as habilidades em leitura, matemática e ciências as bases para o desenvolvimento do pensamento analítico e da inovação. Ou seja, o Brasil já sai atrás no que diz respeito às habilidades essenciais para o futuro do trabalho.


Se tudo isso já não fosse suficiente, o sistema educacional brasileiro, de forma geral ainda pratica uma estrutura arcaica, baseada em um professor que fala sobre conceitos pré-estabelecidos, não incentivando a discussão, o raciocínio e a capacidade dos alunos de resolver problemas complexos.


É nesse contexto, portanto, que grande parte dos colaboradores nas organizações é formada. Sendo assim, não surpreende que resolver problemas nas organizações seja um processo, muitas vezes, extremamente difícil. Simplesmente as pessoas não desenvolveram ao longo da vida as competências necessárias para isso, de forma estruturada.


Com isso, as lideranças nas empresas desempenham um papel fundamental no enfrentamento dessa situação. Primeiro, é de extrema importância que os líderes nas empresas dêem voz às pessoas, incentivem seus times a contribuir com ideias e se posicionar, sempre com franqueza e respeito com todos ao redor. As organizações também devem capacitar continuamente seus times e incentivá-los a estar em constante aprendizado. Ao mesmo tempo, é de crucial importância ter um método que facilite o aprendizado da resolução de problemas. E é esse método que quero destacar aqui. Se os colaboradores das empresas, de uma maneira geral já possuem fragilidade quanto às competências necessárias para o trabalho do futuro, atuar sem método, então, só piora o problema.

 

Esse método envolve basicamente cinco ações: 1) Fazer com que todos na organização saibam seus objetivos, ou seja, saibam o que elas devem entregar efetivamente com o trabalho que desempenham; 2) Ter formas claras de mensurar os objetivos, por meio de indicadores de desempenho; 3) Definir resultados desejados para cada indicador de desempenho definido; 4) Incentivar os times a construir, em conjunto, planos de ação para alcance dos resultados desejados, de forma a cada um contribuir com o seu ponto de vista sobre o contexto e, assim, potencializar a geração de conhecimento; 5) Acompanhar, de forma periódica e disciplinada, se os planos de ação estão sendo efetivos para o alcance dos resultados desejados, complementando os planos quando necessário e padronizando o que deu certo. Esse ciclo, quando seguido à risca, tem força suficiente para minimizar os impactos da má formação educacional encontrada em uma parcela relevante dos colaboradores das empresas brasileiras. Método estruturado e disciplina na execução formam uma combinação praticamente infalível para resolução de problemas! E é papel dos líderes gerar o ambiente necessário para a disseminação dessa combinação. Quanto mais as lideranças praticarem essas ações, mais fortes serão as organizações. Esse é o caminho!


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