“Se você quer algo novo, você precisa parar de fazer algo velho”. – Peter Drucker
Acredita-se que o conceito de estratégia surgiu na Grécia por volta de 500 a.C e, na época, significava o “líder militar” ou, ainda, a “arte do general”, pois sua aplicação era militar e exclusiva dos generais, a quem cabia definir as manobras dos seus exércitos para derrotar os inimigos. Foi apenas da década de 60 que pensadores como Igor Ansoff, Bruce Henderson e Peter Drucker começaram a trazer a estratégia para o ambiente corporativo apresentando novas ideias, como a importância de conectar os recursos das empresas às oportunidades do ambiente e ao valor da produtividade. Apesar da clara evolução que esses conceitos traziam, a aceitação foi tímida e não gerou grande repercussão. A grande revolução da estratégia aconteceu na década de 80, quando o economista Michael Porter apresentou ao mundo o seu modelo que ficou conhecido como “As cinco forças de Porter”, um conceito que revolucionou a gestão empresarial e direcionou os esforços das organizações para obtenção de vantagem competitiva, o que garantia superioridade sobre os concorrentes e domínio do mercado. As ideias de Porter foram muito importantes para o desenvolvimento estratégico das empresas e têm sido adotadas até hoje, porém o que foi revolucionário no passado não é mais efetivo, pois as mudanças ocorridas no ambiente de negócios, principalmente a partir do acesso mais democrático à tecnologia e da popularização da internet, permitiu a realização de transações em qualquer lugar do mundo, transferindo a concorrência do âmbito local para a escala global, o que impossibilitou saber quem são seus concorrentes ou quais são os produtos substitutos, ampliou o poder de barganha dos clientes, reduziu a força dos fornecedores e tornou impossível criar barreiras de entrada, ou seja, inviabilizou a aplicação dos conceitos de Porter.
Mas e agora? Como fazer um planejamento estratégico efetivo?
Antes de tudo, é preciso tomar consciência que não há mais fórmulas prontas, o novo pensamento estratégico atua na cultura das organizações implantando um modelo integrado de inovação contínua baseada em utilização de dados, agilidade nas ações e flexibilidade para mudar os rumos, tudo isso orientado para atender as necessidades dos clientes que, doravante, são o centro de toda a estratégia. Para facilitar o entendimento, vamos imaginar o planejamento estratégico de uma loja de roupas femininas. No modelo de Porter, o objetivo do planejamento deveria ser definir o posicionamento estratégico, procurar fornecedores exclusivos e com produtos difíceis de substituir, criar barreiras para evitar que outras lojas se instalassem na região e minimizar o poder de barganha dos clientes, com isso a empresa conquistaria vantagem competitiva que garantiria a supremacia sobre o mercado.
No modelo atual de estratégia, o ponto central é identificar qual necessidade o cliente quer atender comprando as roupas. É status? Conforto? Vaidade? De posse dessa informação, a empresa passa a definir como atenderá essa demanda, inclusive oferecendo outros itens que também satisfaçam a busca por status, conforto ou vaidade. Percebam que neste novo formato a supremacia sobre o mercado será de quem melhor atender o cliente. Por tudo isso, é importante para desenvolver um planejamento estratégico exitoso, buscar o apoio de uma consultoria qualificada, com experiência em cultura organizacional, inovação e execução, pois as regras da competição mudaram e a sua empresa também precisará mudar para permanecer relevante e se perpetuar nos negócios.
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