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Sua empresa tem realmente foco no resultado?


 

Nos últimos anos, virou quase um clichê, no ambiente empresarial, o termo “foco no resultado”. Diversas empresas vêm utilizando o termo para passar a imagem de produtividade, agilidade e que, de uma forma geral, preocupam-se realmente em fazer a coisa certa. Mas será que, de fato, isso corresponde à realidade?


Para responder esta pergunta, primeiro é importante entender o que significa “foco no resultado”. Ter foco no resultado é ter a capacidade de priorizar a execução das iniciativas que, comprovadamente, agregam mais valor à organização. E isso não é trivial. Pelo contrário, ter, verdadeiramente, foco no resultado, é uma das tarefas mais difíceis em uma organização.


Essa dificuldade se deve ao fato de que, para que haja realmente foco em resultado, algumas premissas devem ser atendidas. Listarei estas premissas a seguir:


  • Todos na organização entenderem o que significa “resultado”: esse é o primeiro passo. Só é possível ter foco em resultado, se todos estiverem conscientes do que isso significa. Resultado é fim. Em outras palavras, resultado é finalidade. É a consequência gerada pelas iniciativas realizadas pela empresa. E é preciso que se defina como essa finalidade, como essas consequências, serão concretamente medidas. Ou seja, os resultados devem ser, obrigatoriamente, expressos de forma numérica. Quais os números que deverão representar os resultados desejados? E o ideal é que estes números estejam divididos em algumas vertentes principais: colaboradores, clientes e econômico-financeiro. Em resumo, ter consciência do resultado significa conhecer os números que devem ser alcançados em relação ao time que compõe a organização, aos seus clientes e à consequência econômico-financeira das iniciativas realizadas.


  • Ter as iniciativas priorizadas e formalizadas: não é raro encontrar empresas que não formalizam suas iniciativas. E nestas iniciativas incluem-se os planos de ação e os projetos. Muitas vezes, as ações que estão sendo realizadas ficam somente na cabeça das pessoas, sem prazo de término acordado entre os envolvidos, sem cronogramas, de uma maneira totalmente informal. Definitivamente, isso não é foco no resultado! Não há foco no resultado sem que todos saibam, de maneira formal, o que foi priorizado e o que está desenvolvido na empresa para o alcance dos resultados previamente definidos.


  • Ter uma sistemática de acompanhamento de ações e resultados que envolva toda a organização: durante a execução das ações, é de fundamental importância que se verifique, periodicamente, se os resultados alcançados estão sendo realmente os planejados. É natural que, nem sempre, as iniciativas realizadas, sejam planos de ação ou projetos, gerem os efeitos desejados. Por isso, correções de rota devem ser realizadas sempre que necessário. Mas estas correções de rota só podem ser identificadas com um acompanhamento estruturado e disciplinado de tudo o que está sendo realizado em todos os níveis hierárquicos da empresa. Não adianta nada ter os resultados definidos e as iniciativas realizadas, se não houver uma sistemática que permita verificar a efetividade de todo o processo. Avaliar constantemente se os colaboradores estão motivados a atuar na organização, se os clientes estão satisfeitos com os produtos e/ou serviços ofertados e se a empresa tem viabilidade econômico-financeira, isso sim, mostra que há, de fato, no ambiente, foco no resultado.


Podemos constatar, portanto, que ter foco no resultado não é tão simples como muitas empresas aparentam. Exige disciplina no atendimento a uma série de premissas que, por sua vez, exige uma série de competências aos envolvidos no processo. É todo um conjunto de variáveis necessárias que, na prática, poucas empresas entendem e executam como deveriam. “Foco no resultado” não é simplesmente um jogo de palavras, e sim, método e disciplina atuando em conjunto.


É assim que deveria ser!

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